Robert Kurz, crítico radical e inovador do marxismo, morreu




Robert Kurz, filósofo alemão, crítico radical e contundente do "moderno sistema produtor de mercadorias", morreu , aos 68 anos, no dia 18 de julho, quinta-feira.
Robert Kurz tornou-se conhecido no Brasil por ocasião da tradução do livro "O colapso da modernização", em 1991. Robert Schwarz prefaciou a tradução brasileira.
O livro "O colapso da modernização", escrito após a queda do muro de Berlim, significava um prognóstico marcado por crises para o capitalismo ocidental nos anos vindouros, escreve o blog Porta de Tudo.
Seu último livro, "Dinheiro sem valor. Fundamentos para uma transformação da crítica da economia política" será lançado no dia 30 de julho. Segundo a editora alemã, trata-se de uma "crítica categorial do capitalismo", da qual se afastou "o conjunto da esquerda democrática domesticada".

Em “O colapso da modernização” Kurz previu a “guerra civil mundial em vez da paz eterna”:

“O mundo único, finalmente realizado e reconhecido como tal, mas condenado à forma fetischista, atacada por crises, do sistema produtor de mercadorias, revela-se como visão de terror de uma guerra civil mundial que está por vir, guerra em que já não haverá fronteiras firmes, mas apenas surtos de violência cega em todos os níveis. O jogo do mercado mundial [...] já não permite que os perdedores voltem depois para casa em sossego, mas sim está destruindo sucessivamente para eles toda possibilidade de uma existência digna. Quando esses homens, povos, regiões e Estados perceberem que nunca mais terão alguma chance de vencer e que as futuras derrotas inevitáveis os privarão de qualquer possibilidade de viver, lançarão, mais cedo ou mais tarde, o tabuleiro no chão e dispensarão todas as regras da chamada civilização mundial.”
Roberto, e agora, o que podemos fazer?
“Para a teoria, é importante não perder a cabeça e resistir às contradições, em vez de se entregar a uma realidade falsificada com receitas baratas. A suplantação emancipatória do moderno sistema produtor de mercadorias e da respectiva dissociação exige uma intervenção social de alto nível, e uma elaboração da teoria crítica só pode contribuir para isso se não ceder à pressão de uma exigência de prática de um falso imediatismo.”

2 comentários:

  1. NÓS DO CRÍTICA RADICAL AQUI EM FORTALEZA, RECEBEMOS COM MUITA DOR E TRISTEZA A PARTIDA DE KURZ. ELE MORREU, MAIS A SUA IDÉIAS ESTARÁ VIVA. NÃO MORRERÁ.

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  2. Ele desafinou o coro dos contentos...

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