Eleições complementares em Myanmar (antiga Birmânia): A luta de Aung San Suu Kyi, Prêmio Nobel da Paz, de 1991, não foi em vão.


A líder da oposição política no Myanmar Aung San Suu Kyi é filha de Aung San, o herói nacional da independência da Birmânia (hoje Myanmar) que foi assassinado em 1947, quando Suu Kyi tinha apenas dois anos de idade. 
Myanmar é um pequeno pais, imprensado por Índia, China e Tailândia, com 56 milhões habitantes. Depois de ter vivido em Londres, Suu Kyi regressou ao seu pais e em pouco tempo tornou-se a líder do movimento de contestação ao regime militar. Em 1988, morreram 10 mil pessoas em consequência das medidas de repressão adotadas pelo regime. Após o seu partido (a “Liga Nacional para a Democracia - LND”) ter obtido uma vitória esmagadora nas eleições de 1990, Suu Kyi viu-se remetida à prisão domiciliária pela junta militar que governa o país. Myanmar continuou a ser dirigida pelo general Ne Win num regime ditatorial. A luta pela democracia ganhava crescente visibilidade e apoio internacional. Em 1991, Aung San Suu Kyi ganhou o prémio Sakharov de liberdade de pensamento, e em 1991, o Prémio Nobel da Paz. 
A partir de 1995, o regime militar decidiu levantar a pena de prisão domiciliar imposta à Prémio Nobel. As liberdades individuais de Suu Kyi, porém, continuaram limitadas. Hoje, a Prémio Nobel Aung San Suu Kyi, de 66 anos, espera uma vitória eleitoral esmagadora. Mas, A Carta Magna do regime, que ainda é dominado por uma junta militar, garante ainda aos chefes oficiais das Forças Armadas 110 cadeiras das 440 que compõem o Parlamento.

No filme “The Lady”, o cineasta francês Luc Besson, relata o percurso pessoal e político da opositora ao regime militar do Myanmar. Passando-se por turista, Luc Besson conseguiu rodar partes do filme em Mianmar graças a uma câmera clandestina. 
Contudo, a maior parte foi filmada na Tailândia, perto da fronteira com Mianmar, com muitos figurantes birmaneses que insistiram em não aparecer nos créditos. Luc Besson admite que chorou muito ao ler o roteiro de "The Lady". "Quando você vê esta mulher, que não luta por poder ou dinheiro, apenas para que seu povo possa comer e ser livre, é impressionante", afirmou recentemente, numa entrevista em Los Angeles.


A vitória




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