Amartya Sen, Prêmio Nobel de economia, abre o ciclo de conferências “Fronteiras do Pensamento” em São Paulo


Presença cara

Agradável como o sorriso do indiano Amartya Sen é seu pensamento. O Prêmio Nobel de 1998 defende “Desenvolvimento como Liberdade”, articula disciplina fiscal com o Estado democrático liberal e bem-estar social com o mercado livre. O Índice de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento contou com a contribuição direta de Sen.
Liberdade para Sen inclui variáveis culturais e interpessoais norteadas por valores que consideram “renda” e “riqueza” como meios e não como fins. Mercadorias são fetiches, com múltiplas formas de alienação embutidas, não fins. Crescimento per capita e PIB são indicadores limitados para o bem viver e o bem-estar das pessoas e do Estado. Como definir os fins? Os valores referenciais abrem um horizonte de uma pluralidade centrífuga. A ruptura com a abordagem utilitarista e métrica abre a discussão urgente em torno de uma ética econômica (“Sobre Ética e Economia”, São Paulo: Companhia das Letras, 1999) e prática política moral. O trabalho que tornou Sen mais conhecido é um livro de 1981 sobre pobreza e fome (Pobreza e Fome: Um Ensaio sobre Direito e Privação). As pesquisas de Sen sempre foram centradas na economia das nações em desenvolvimento e no estudo das condições de vida das populações mais pobres do planeta.

Infelizmente, os pobres de São Paulo não vão poder ouvir a palestra de Sen e de nenhum dos palestrantes do seminário internacional “Fronteiras do Pensamento”. O acesso ao seminário se dará exclusivamente através da aquisição do Passaporte de acesso, que garante a participação nas oito conferências, realizadas entre abril e outubro de 2012, na Sala São Paulo. O pacote para as oito conferências (compras seletivas não são permitidas) é de R$ 2.240,00 na Plateia Central e de R$ 1.960,00 na Plateia Elevada da Sala São Paulo, Praça Júlio Prestes (www.fronteiras.com ).



Dia de São Jorge


Os pobres, que são barrados na Sala São Paulo, se encontrarão hoje nas Igrejas de São Jorge. Centenas de fiéis de todo o país comemoram nesta segunda-feira o Dia de São Jorge, santo que morreu aos 23 anos, no dia 23 de abril, por professar sua fé cristã. São Jorge é considerado o padroeiro extraoficial do Rio de Janeiro, seguido de São Sebastião, que é o oficial. Por causa do alto número de devotos, foi decretado feriado estadual em 2008 no dia de sua morte. Durante o dia todo irão acontecer missas e celebrações em homenagem ao santo. Na Igreja de Quintino, uma das principais do santo no Rio, os festejos começaram às 4h15 com a encenação do "Mito do Dragão", seguida da missa da alvorada às 5h.



Segundo a tradição, São Jorge nasceu na Capadócia, região do centro da Anatólia, que atualmente faz parte da República da Turquia. Na adolescência, Jorge entrou para o exército e, dada suas habilidades com as armas, logo foi promovido a capitão do exército romano, recebendo depois o título de conde da Capadócia. Após a morte da mãe e vendo a extrema pobreza do povo distribuiu suas riquezas aos mais carentes. Na corte do imperador Diocleciano, Jorge foi contra a determinação para matar todos os cristãos. Seu ato foi considerado uma afronta pelo imperador Diocleciano e o guerreiro foi torturado para que negasse a sua fé. Como ele não renunciou ao cristianismo, foi degolado no dia 23 de abril de 303. São Jorge é reverenciado na umbanda e no candomblé como Ogum, orixá ferreiro, senhor dos metais.

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