
D. Erwin Kräutler, bispo de Altamira (PA) e presidente do Cimi, é um dos quatro ganhadores do Prêmio Nobel Alternativo (Right Livelihood Awards 2010). O Prémio foi criado em 1980 “para homenagear e apoiar aqueles que oferecem respostas e exemplos práticos para os desafios mais urgentes que enfrentamos hoje”.
Este ano, o número de candidatos alcançou um novo recorde: 120 propostas de 51 países. D. Erwin partilha o prêmio com o nigeriano Nnimmo Bassey, que "revelou os horrores ecológicos e humanos na produção de petróleo",
o nepalês Shrikrishna Upadhyay e a organização SAPPROS, que mostraram “ao longo dos anos o poder da mobilização comunitária para enfrentar as múltiplas causas de pobreza" e a organização israelense "Médicos para os Direitos Humanos", que ganhou o prêmio, segundo o júri, “por seu espírito indomável para trabalhar pelo direito à saúde de todas as pessoas em Israel e na Palestina”.
Segundo a comunicação oficial da Fundação Right Livelihood, de 30 de setembro, D. Erwin receberá o prêmio, numa Cerimônia no Parlamento sueco, em Estocolmo, no dia 6 de dezembro, "por uma vida dedicada ao trabalho com direitos humanos e ambientais dos povos indígenas, e por seu incansável esforço para salvar a Amazônia da destruição".
Jakob von Uexküll, fundador e co-presidente da Fundação que outorga o prêmio, comentou após a decisão do júri:
“A verdadeira mudança começa no nível da base: os médicos que não esperaram pelos políticos para agirem e acabarem com o sofrimento desnecessário no Oriente Médio; os moradores que trabalham para saírem da pobreza; e movimentos ambientalistas que reúnem vítimas da devastação ecológica. Combine o trabalho de base com a advocacia focada, como por exemplo, os direitos constitucionais dos povos indígenas,
e você entenderá porque os Laureados deste ano voltam ainda a oferecer modelos de conduta, cujo trabalho e compromisso podem ser replicados em todo o mundo”.
Para D. Erwin, a alegria de receber o prêmio é muito grande. “Não estou feliz em meu nome, mas por causa da Amazônia e dos povos indígenas que merecem esse reconhecimento!”
Este ano, o número de candidatos alcançou um novo recorde: 120 propostas de 51 países. D. Erwin partilha o prêmio com o nigeriano Nnimmo Bassey, que "revelou os horrores ecológicos e humanos na produção de petróleo",
o nepalês Shrikrishna Upadhyay e a organização SAPPROS, que mostraram “ao longo dos anos o poder da mobilização comunitária para enfrentar as múltiplas causas de pobreza" e a organização israelense "Médicos para os Direitos Humanos", que ganhou o prêmio, segundo o júri, “por seu espírito indomável para trabalhar pelo direito à saúde de todas as pessoas em Israel e na Palestina”. Segundo a comunicação oficial da Fundação Right Livelihood, de 30 de setembro, D. Erwin receberá o prêmio, numa Cerimônia no Parlamento sueco, em Estocolmo, no dia 6 de dezembro, "por uma vida dedicada ao trabalho com direitos humanos e ambientais dos povos indígenas, e por seu incansável esforço para salvar a Amazônia da destruição".
Jakob von Uexküll, fundador e co-presidente da Fundação que outorga o prêmio, comentou após a decisão do júri:
“A verdadeira mudança começa no nível da base: os médicos que não esperaram pelos políticos para agirem e acabarem com o sofrimento desnecessário no Oriente Médio; os moradores que trabalham para saírem da pobreza; e movimentos ambientalistas que reúnem vítimas da devastação ecológica. Combine o trabalho de base com a advocacia focada, como por exemplo, os direitos constitucionais dos povos indígenas,
e você entenderá porque os Laureados deste ano voltam ainda a oferecer modelos de conduta, cujo trabalho e compromisso podem ser replicados em todo o mundo”.Para D. Erwin, a alegria de receber o prêmio é muito grande. “Não estou feliz em meu nome, mas por causa da Amazônia e dos povos indígenas que merecem esse reconhecimento!”
Fotos mostram os premiados D. Erwin Kräutler e Nnimmo Bassey.
No documento produzido na oficina, os participantes de todas as dioceses do estado do Mato Grosso do Sul, expressaram seu ardente desejo de que os cristãos, desde os fiéis leigos, os sacerdotes, os religiosos e religiosas até os bispos assumam com amor, ardor e profetismo a causa dos povos indígenas. Essa é uma causa evangélica, de Jesus da cruz, do conflito. Por causa de sua mensagem e testemunho de vida, foi assassinado. O assessor da oficina, teólogo Paulo Suess, que dias antes visitara vários acampamentos e aldeias Kaiowá Guarani da região, insistiu na importância de nós como cristãos, termos a coragem de assumir essa causa, que é a do Cristo da cruz e da ressurreição.[...]
“O acampamento indígena, entre o arame farpado da fazenda e o asfalto da estrada, é como uma universidade; nas noites mal dormidas e por baixo da lona preta pode-se aprender muito”.
“Retomada significa retorno à terra sagrada”.

Depois das nossas andanças pelas aldeias indígenas do Mato Grosso do Sul, a equipe do Cimi está participando do II Congresso Missionário do Regional Oeste 1 da CNBB. Estamos assessorando a Oficina 8 “Missão e povos indígenas”. Entre os 65 participantes dessa oficina haverá uma boa presença de líderes indígenas que introduzirão os participantes na realidade amarga de sua vida cotidiana. Segundo os organizadores, todos os temas devem ser tratados numa perspectiva da Missão Continental só uma vez mencionada no Documento de Aparecida (DAp 551).






No dia 26 de agosto de 2010, o místico, teólogo e filósofo Raimon Panikkar morreu em Tavertet (Barcelona) com 91 anos de idade. Filho de mãe católica e pai hindu, viveu a multidimensionalidade da vida antes de pensa-la teologicamente. Em 1946, foi ordenado sacerdote. A partir de 1955, viaja e vive na Índia. Em 1966 é nomeado professor da Harvard Divinity School e durante 20 anos vive ao mesmo tempo na Índia e nos Estados Unidos. Em seu pensamento se entrelaçam Oriente e Ocidente. Panikkar, que com seus mais de 80 livros sempre defendeu o diálogo entre povos e religiões, insiste que para conhecer uma cultura ela precisa ser vivida.
E continua: “Descanse renascido no seio da Abba Mãe e Pai, que nos ensinaste a descobrir no “silêncio de Deus” (1966) e no “silêncio de Buda” (1996), no meio do “silêncio do mundo” (Prêmio espiritualidade, 1999). Tua vida foi e seguirá sendo “Ícone do mistério” (1998) para aqueles que contigo aprendemos, pelo teu modo de pensar, amar e crer, a presença inter-cultural e inter-religiosa, sempre palpável ao menos que elusiva, do mistério que tu qualificaste como “cosmoteândrico”, chave mística da experiência humana integral, experiência plena da vida” (2005). Graças por teu pensar fronteiriço, interrogador e hermenêutico. Graças por teu testemunho da pluralidade unificada: Catalunha e Índia, prajña e seny, corpo-espírito, masculino-feminino, temporal-eternidade, místico-política, ... e um grande etc de polaridades unidas. Graças por ter-nos ajudado a romper com todos os círculos fechados e viver em espirais abertas para o alto e para baixo: transcender ocidentalmente para cima e orientalmente para o fundo, com o olhar posto no mais além que vislumbravas no horizonte de Tavertet
