E agora Dourados?
Replay ou novo compromisso?

O que vai acontecer depois do II Congresso Missionário do Mato Grosso do Sul? Haverá uma nova presença missionária ao lado dos povos indígenas, uma formação missionária dos presbíteros e uma voz profética face aos conflitos de credibilidade pública.

Não só os povos indígenas, também os jovens precisam ser melhor acompanhados. Na apresentação do resumo de sua Oficina n. 8 (“Missão e Juventude Missionária”) leram, sob forte aplauso, uma suposta “Carta de João Paulo II aos Jovens”. A dita carta – uma mistura de um falso pentecostalismo com um verdadeiro consumismo - é expressão de uma missão light. Por desconhecer a cruz, tampouco anuncia ressurreição. Ao pregar uma missão sustentável, se torna presença missionária insustentável.
Vejamos alguns trechos dessa carta falsificada:
“Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema,
ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar,
mas que se "lascam" na faculdade. [...]
Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola
e comam hot dog, que usem jeans,
que sejam internautas, que escutem disc man.
Precisamos de Santos que amem a Eucaristia
e que não tenham vergonha de tomar um refri
ou comer pizza no fim-de-semana com os amigos [...]”.
Sejamos santos!”
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Adeus missão colonial!
Boa viagem missionárias e missionários!
Missão insustentável e colonialismo replay não!
Missão caminho, memória e conversão
a cada dia!

Um comentário:

  1. Parabéns padre Paulo Suess, realmente será que ser "Santo" é copiar um sistema que escraviza e induz a uma ilusão?, ou é configuar-se com Cristo-pobre!? Fico agradecida e meu coração se alegra em sentir que o meu jeito de buscar uma vida santa, não é usar véu, ou não usá-lo, não é ir ao cinema ou simplesmente ir ao "shopping" e dançar 'louvores' com os jovens e sair com palavras de ordem, e tão pouco ficar no meio termo, a missão de nós jovem deve ser encarnada na pessoa de Cristo Crucificado e Ressuscitado, e isto posso constatar no meu irmão e irmã pobre!! Digo a Juventude que não adianta continuarmos "amando" Jesus na Eucaristia e não amar e assumir o nosso ser missionário e para suprir sair inventando moda para dizer que somos "santos" pós-modernos apoiando as grandes potências que matam, corrompem os pequenos do Reino de Deus. É aí que me questiono o que os jovens acreditam ser santo ou santa?, chega de alienação, pois o risco de tudo o que foi ouvido e partilhado no II Congresso Missionário do Mato Grosso do Sul, fique no papel e continuamos a ser os eternos "baixinhos" que cantam e louvam, mas não assumimos, não nos configuramos com Cristo, que era um Jovem e fez opção por uma causa, para que Todos tenham Vida em Abundância!
    Obrigada mais uma vez padre Paulo Suess, por colocar areia nesta máquina que teima em iludir a nossa a minha juventude em aspectos light.. e aí o Replay de uma vida mesquinha olhando para o próprio umbigo, esquecendo que a dimensão missionário é universal, é o sonho realizado de Vida Plena para todos e não para alguns privilegiados!!!
    Talvez a imagem de santo de altar está tão forte que achamos que "precisamos" de "santos/as" e "anjos" "pop star", mas na verdade a necessidade é de uma juventude humanizadora e humanizante que se envolve e faça opções com as mãos vazias e os pés descalços, para uma encarnação no coração da realidade, com respeito, com amor, com reverencia ao transcendente que se revela.
    Será que a juventude presente no II Congresso, quer assumir uma opção junto com os povos indigenas? junto com os afro-descendentes? com os migrantes? com e nas as periferias?..."Eis a questão!!!" Acorda juventude!
    Nem só de louvor "Jesus que vai de um lado e pro outro" viveremos!
    Não é decorar um trecho sobre a "santidade", que sustentara a missão!
    Não é pegar um violão, juntar uma galeria que já é fraternidade!
    Não é participar de um movimento jovem fazer 1500 adorações ao Santíssimo que é encontro pessoal com Jesus, talvez seja um encontro intimista, se não sou capaz de ir ao encontro e deixar que o outro que sofre venha ao meu!!!
    Bom, não é meras palavras de Senhor Senhor que nos faz cristãos, mas é deixar que a voz de Deus penetre o nosso ser e deixamos de infantilismo e mãozinhas juntas e vivamos a Missão no plural.

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