Morre o virtuoso músico indiano Ravi Shankar aos 92 anos


 

O músico indiano e virtuose da cítara Ravi Shankar, que exerceu grande influência sobre músicos ocidentais, como os Beatles e o violinista clássico Yehudi Menuhin, faleceu aos 92 anos, depois de passar por uma cirurgia nos Estados Unidos.

O primeiro-ministro indiano Manmohan Singh manifestou pesar pela morte do artista e saudou a figura de Shankar como "um tesouro nacional e embaixador da cultura indiana no mundo inteiro".

Shankar, que morava na Califórnia, nasceu em uma família de casta elevada na cidade sagrada de Varanasi, norte da Índia, em 7 de abril de 1920.

Ele ensinou o amigo George Harrison, que faleceu em 2001, a tocar cítara e colaborou com o ex-Beatle em vários projetos, incluindo o famoso show para Bangladesh em 1971. Os Beatles chamavam Shankar de "padrinho da música mundial".
Iniciou a carreira muito jovem e realizou turnês pela Europa ao lado do grupo de dança de seu irmão Uday, mas retornou à Índia no fim da década de 30 para estudar a cítara com o prestigioso Allaudin Khan.

Shankar foi apresentado a Yehudi Menuhin no início da década de 50 e fez várias apresentações na Europa e Estados Unidos antes do lançamento de seu primeiro LP, "Three Ragas".

Entre os músicos contemporâneos importantes sobre os quais exerceu influência está o grupo The Byrds: a canção de 1965 "Eight Miles High" tem a marca inconfundível da cativante cítara de Shankar.

O primeiro dos três prêmios Grammy do indiano foi recebido em 1967 pelo disco, em colaboração com Menuhin, "West Meets East".

O segundo veio em 1972, pelo álbum Concerto para Bangladesh, e o terceiro em 2001 por "Full Circle", gravado no Carnegie Hall de Nova York.

Shankar morreu na terça-feira (11.12.2012) no Scripps Memorial Hospital de La Jolla, perto de San Diego, sul da Califórnia, ao lado da família.
 



Líder indiano visitou, anualmente, cerca de 140 países. No início de setembro esteve presente numa meditação coletiva no Parque do Ibirapuera, em prol de uma sociedade livre de stress e violência. O evento teve a também apresentação de uma banda de bahjans (mantras musicados que induzem ao estado meditativo) e instruções de ioga.

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