Anunciar outro mundo
Construir outra globalização:
4. Nossa Senhora da Imaculada Conceição AparecidaA imagem original de Nossa Senhora Aparecida é uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, que precede por muitos séculos a proclamação do dogma da Imaculada Conceição da Virgem Maria. Três pescadores encontraram, no dia 12 de outubro de 1717, uma imagem de barro cozido no rio Paraíba. Levaram a imagem para casa, onde atraiu devotos e operou milagres. No decorrer dos anos, muitas graças foram alcançadas pelos devotos da “Cidinha”, como carinhosamente é chamada.
Em muitos lugares do mundo se conta histórias semelhantes da origem humi
lde de uma devoção ou aparição de Nossa Senhora. Depois, quando o movimento cresce, a classe dominante percebe o alcance político do fenômeno religioso, manda construir capelas cada vez maiores, Igrejas e Basílicas. Inicia-se um processo de embelezamento dos fatos e das imagens e a integração na religiosidade oficial. Assim a pobre virgem de Nazaré se torna rainha dos cristãos. O povo gosta dessa ascensão social de suas devoções, sem considerar uma ameaça de seu protagonismo e imaginário religioso.
Meio ano depois da assinatura da Lei Áurea em
O evento contou com a presença do Núncio Apostólico, bispos, o Presidente da República Rodrigues Alves e muitos fieis. Em
Entre a “Madona Negra”, a “Imaculada” e a “Aparecida” existem diferenças e semelhanças. A festa da Imaculada é celebrada 8 de dezembro e a festa da Aparecida, 12 de outubro. A “Madona Negra” não tem data determinada. A “Imaculada”, geralmente, é branca e sem filho. A imagem da “Aparecida” é também sem filho, mas negra. A “Aparecida” introduziu a negritude na “Imaculada” e a “Imaculada” introduziu a pureza na “Aparecida”. A “Aparecida” tem a cor em comum com a “Madona Negra”. Mas o triunfo da “Madona Negra” é o filho. A “Imaculada” espiritualizou o filho. Se a “Virgem Imaculada” foi redimida por Cristo de maneira preventiva, a sua mera
existência de “Imaculada” pressupõe sempre o “Filho Redentor”.
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3. Contexto do dogma da Imaculada ConceiçãoEm 1823, na viagem de ida ao Chile, onde estaria por dois anos a serviço da nunciatura apostólica, o jovem sacerdote Giovanni Mastai-Ferreti, que 23 anos mais tarde seria eleito papa Pio IX (1846-1878), atracou com uma comitiva de religiosos por alguns dias no porto de Santos, SP. No dia 8 de dezembro, participou de uma procissão popular da Imaculada, que o impressionou. Em 1854, portanto 31 anos mais tarde, Giovanni Mastai-Ferreti, agora já como papa Pio IX, proclamou em Roma o dogma da Imaculada Conceição da Virgem Maria.
O pontificado de Pio IX era um pontificado de um perdedor vitorioso. Perdeu os Estados Pontifícios contra as forças progressistas, liberais e nacionais que lutavam pela unificação da Itália. Mas, ele compensou as perdas territoriais com vitórias ideológicas no campo religioso, onde proclamou os dogmas da Imaculada Conceição e da infalibilidade papal, condenou os erros do mundo moderno (Sílabo, 1864) e convocou o Concílio Vaticano I (1870). Na definição do dogma da Imaculada conciliou posições teológicas controversas. Confirmou, que Maria é imaculada, isenta de todo pecado. Mas, como se relaciona essa isenção com a necessidade de redenção? Maria tinha ou não tinha necessidade de ser redimida do pecado original por Cristo? Aí o dogma responde: a Virgem Maria foi redimida por Cristo de maneira preventiva, em previsão de seus méritos.
Assegurada a doutrina da Imaculada, Pio IX partiu para o ataque contra os “maculados”, articulando a força da argumentação teológica e da religiosidade popular contra posições políticas da sociedade secular, influenciadas pela Revolução Francesa (1789) e o Manifesto Comunista (1848). Em 1848, o papa teve que fugir de Roma. Quando voltou, dois anos mais tarde, com a ajuda de tropas franceses, Roma já era capital de uma República em processo de unificação. Até o fim de sua vida, Pio IX defendeu a tese, que a Imaculada legitimava sua luta contra todos os setores modernos, que se acreditavam imunes da mancha do pecado original, da qual só uma criatura foi preservada, Maria da Imaculada Conceição.
2. Da Mãe Preta à Madona Negra de Aparecida
telúrica-lunar e o poder milagroso dela. Energia lunar e poder milagroso continuam até hoje nos santuários marianos.
1. A Mãe Preta dos paulistanos no PaiçanduO monumento à Mãe Preta do Largo do Paiçandu é o início da nossa peregrinação à Aparecida. Trata-se de um lugar privilegiado para as comemorações pela libertação dos escravos e pelo Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro.
A inauguração ocorreu em 23 de janeiro de 1955, como parte das comemorações de encerramento do IV Centenário da Cidade de São Paulo. A escolha do Largo do Paiçandu para acolher a homenagem à Mãe Preta se deveu à presença da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e de ser aquele largo, desde a construção da igreja, em 1906, um ponto de referência para a comunidade afrodescendente de São Paulo. Até hoje, fiéis depositam velas, oferendas e pedidos aos pés da Mãe Preta. O lugar é também ponto de encontros, protestos e comemorações. Em 2004, com base em pedido encaminhado pela Irmandade do Rosário dos Homens Pretos, o monumento à Mãe Preta foi tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo.
Autor: P.S.

Histórico do FSMM
A primeira edição do Fórum Social Mundial das Migrações aconteceu em 2001, no Brasil, refletindo sobre o tema "Travessias na desordem global". Já a segunda e terceira edições foram realizadas na Espanha abordando as temáticas: "Cidadania universal e Direitos Humanos. Outro mundo é possível, necessário e urgente" e "Nossas vozes, nossos direitos, por um mundo sem muros", respectivamente.
Veja a postagem deste blog no dia 20.06.2010, Dia dos Migrantes, e acompanhe as atividades do IV FSMM através do site: http://www.fsmm2010.ec
Autora: Tatiana Félix, na Adital
08.10.2010
No dia 01 de outubro, festa de Santa Teresinha do Menino Jesus, quando os sinos da basílica de S. Pedro repicavam às 12 horas, fui recebido pelo Papa Bento. Acompanhou-me o Pe. Reginaldo Cordeiro, salesiano, indio Arapaso de S. Gabriel da Cachoeira, que ordenei presbitero no dia 15 de agosto.
Estive com o Papa durante 20 minutos respondendo as muitas perguntas que fez sobre a Amazonia e os indios do Rio Negro. Percebi que o Papa tem carinho especial pelos indios e pela a Amazonia. Abraço vocês com afeto de irmão menor no Amor de Jesus.