“A suave e confortadora alegria de evangelizar” (EN 80)
Eleito por misericórdia |
Fez-se referência à evangelização. A
razão de ser da Igreja é “a suave e confortadora alegria de evangelizar” (Paulo
VI). É o próprio Jesus Cristo quem, a partir de dentro, nos impulsiona..
2. Quando a Igreja não sai de si
mesma para evangelizar torna-se autorreferencial e então adoece (cf. a mulher
encurvada sobre si mesma do Evangelho). Os males que, ao longo do tempo, se dão
nas instituições eclesiais têm raiz na autorreferencialidade, uma espécie de
narcisismo teológico. No Apocalipse Jesus diz que está à porta e bate. Evidentemente,
o texto se refere ao fato de que Jesus bate do lado de fora da porta para
entrar... Mas penso nas vezes em que Jesus bate do lado de dentro para que o
deixemos sair. A Igreja autorreferencial quer Jesus Cristo dentro de si e não o
deixa sair.
3. A Igreja, quando é
autorreferencial, sem se dar conta, acredita que tem luz própria; deixa de ser
o mysterium lunae e dá lugar a esse mal tão grave que é a mundanidade
espiritual (Segundo De Lubac, o pior mal que pode sobrevir à Igreja). Esse
viver para dar-se glória uns aos outros. Simplificando: há duas imagens de
Igreja: a Igreja evangelizadora que sai de si – a Dei Verbum religiose audiens
et fidenter proclamans, ou a Igreja mundana que vive em si, de si e para si.
Isto deve dar luz às possíveis mudanças e reformas que tenha que fazer para a
salvação das almas.
4. Pensando no próximo Papa: um
homem que, a partir da contemplação de Jesus Cristo e da adoração de Jesus
Cristo ajude a Igreja a sair de si para as periferias existenciais, que a ajude
a ser a mãe fecunda que vive da “doce e confortadora alegria de evangelizar”.
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