Preparar a Assembleia
Geral marcada para o mês de março de 2013 e fazer um balanço das atividades
realizadas pelos organismos envolvidos na animação missionária, foram assuntos
debatidos em mais uma reunião ordinária da Equipe Executiva do COMINA, realizada
nesta quinta-feira, 29, em Brasília (DF). “Procuramos reunir todas as forças
missionárias para que realmente a Missão seja uma realidade conforme é o desejo
de todos.
Para uma maior
articulação e coordenação discutiu-se a necessidade de se elaborar Diretrizes
para a Animação Missionária da Igreja e, a partir disso, revisar o Regulamento
do COMINA. Nesse sentido, na próxima Assembleia Geral, serão discutidas linhas
de ação que farão parte das futuras Diretrizes.
As 58 proposições
entregues ao Papa Bento XVI no encerramento do Sínodo dos Bispos para a Nova
Evangelização e transmissão da Fé, realizado em Roma no mês de outubro, foram
objeto de análise no início da reunião. Até hoje, essas Proposições só existem
em inglês. A reflexão feita pelo padre Paulo Suess, assessor teológico do
Conselho Indigenista Missionário (CIMI), suscitou alguns questionamentos sobre
o trabalho de evangelização hoje. A Igreja universal, presente nessas
Proposições, parece, grosso modo, contente com sua Igreja. Para América Latina,
os conteúdos das Proposições ficaram aquém do Documento de Aparecida.
A situação de
violência enfrentada por Povos Indígenas, em especial o ataque da Polícia
Federal contra os Munduruku, no Pará, a luta pela posse das terras dos Xavantes
no Mato Grosso e dos Guarani Kaiowá no Mato Grosso do Sul, foram recordadas
pela Vice-presidente do CIMI, Emília Altini. “Esses povos e muitos outros, se
encontram ameaçados por uma política genocida. O Projeto de Mineração que ganha
força na Câmara e no Senado é outra ameaça”, completou. Emília entregou cópias
do “Manifesto contra os decretos de Extermínio: Povos Indígenas, aqueles que
devem viver” e um DVD com o conteúdo da Assembleia dos 40 Anos do CIMI.
O Setor Pastoral da
Mobilidade Humana acaba de publicar o livro “Tráfico de Pessoas e Trabalho
Escravo” (Edições CNBB). Na reunião, a obra foi apresentada pela Irmã Rosita
Milesi. “O tráfico de pessoas é um crime que tem várias expressões: o trabalho
escravo, o comércio de órgãos, a exploração sexual de mulheres, crianças e
adolescentes e também a adoção, que apesar da beleza, vem sendo utilizada para
encobrir o tráfico de crianças”, explicou a religiosa. Padre Sidnei Dornelas,
assessor da Comissão para a Missão Continental, indicou outras duas
publicações: “Missão Além Fronteiras junto aos emigrantes brasileiros”, livro
organizado pela Pastoral dos Brasileiros no Exterior (PBE), e “Paróquia
Missionária” de autoria do padre José Carlos Pereira, em parceria com o Centro
Cultural Missionário (CCM).
[extraído da
postagem de Jaime Carlos Patias, 30/Nov/2012]
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