Fundado no ano de 1972, durante
o regime militar (1964-1985), quatro décadas depois o Cimi se reúne com o tema
“Raiz, Identidade e Missão”. “Queriam, naquela época, o fim dos índios. Esse
era o projeto. O Cimi nasceu para lutar contra isso”, disse Thomaz Aquino
Lisboa, que desde os anos 1970 vive junto ao povo Myky, do Mato Grosso.
“Historicamente, a evangelização
dos pobres podia ser resumida com a sigla de “conformação sistêmica” e
“consolação humana”. Já a evangelização dos outros, dos povos indígenas, por
exemplo, trabalhou com os prefixos de “assimilação” e “conversão”. Para os
missionários, ambas as bandeiras, a da “conformação consoladora” e da
“conversão assimilacionista” abriram caminhos para a salvação das almas e a
integração social. A integração social acoplada à salvação das almas era a
garantia para conter revoltas e revoluções nos territórios conquistados. A
missão produziu submissão e garantiu em alguns momentos de glória um mínimo de
direitos humanos nos limites do sistema colonial (cf. Raízes, aprendizados e rumos pastorais do Cimi - Conferência de Paulo Suess, Assessor
Teológico do Cimi).
D. Erwin Kraeutler, presidente do Cimi |
O aniversariante: D. Tomás Balduino, 90 |
Ir. Genoveva, 89 |
“A política indigenista oficial não é favorável aos povos indígenas. Lamentamos que embora os índios estejam ancorados pela lei, ela não seja respeitada”, concluiu. O Cimi realizou a virada indígena na pastoral e contribuiu para a credibilidade da Igreja Católica no Brasil.
Nessa mesma linha está o Conselheiro teológico do Cimi, Pe. Paulo Suess, que numa visita à Rádio Vaticano fez um balanço dessa caminhada com os povos indígenas:
(BF)
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