Acordo final saiu com
um dia de atraso e após madrugada de negociações; Rússia, Canadá e Japão não
aderiram. Pontos polêmicos em discussão como a reparação aos países pobres
pelos mais ricos ficaram para depois.
DAS AGÊNCIAS DE
NOTÍCIAS
e F.d.S.P. 9.12.2012, p. A22
A conferência do
clima da ONU, a COP-18, terminou sábado, dia 8 de dezembro, em Doha, no Qatar, aprovando a extensão
do Protocolo de Kyoto, que expiraria no fim deste ano, até 2020.
Em vigor desde 1997,
o protocolo comprometeu as nações desenvolvidas a reduzirem suas emissões em
5,2%, entre 2008 e 2012, em comparação com os níveis de 1990.
Apesar do resultado,
a aprovação de um segundo período para Kyoto é mais um ato simbólico, já que
com as deserções de Rússia, Canadá e Japão, os atuais signatários do pacto
respondem por apenas 15% das emissões mundiais de gases-estufa.
"Agradeço a
todos vocês pela boa vontade e pelo trabalho duro em levar o processo
adiante", disse o presidente da conferência, Abdullah bin Hamad
Al-Attiyah.
Com um dia de atraso
e depois de uma intensa noite de negociações, os 194 países presentes chegaram
a um acordo para um segundo período do protocolo de Kyoto, comprometendo União
Europeia, Austrália e mais uma dezena de países industrializados a realizar os
cortes acordados até 2020.
Os países haviam
concordado no encontro do ano passado em Durban, na África do Sul, a trabalhar
em favor de um novo acordo que comprometesse todos os países do mundo a
reduzirem suas emissões, e não apenas os ricos. O novo acordo, prevê-se, deve
ser concluído em 2015 e implementado em 2020.
Outros pontos
polêmicos da conferência, como a ajuda aos países pobres para enfrentar os
efeitos do aquecimento global e a reparação por parte dos países ricos pelos
danos já causados, ficaram para depois também.
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