Ex-delegado do Dops dá nome aos bois


Cláudio Guerra, ex-delegado do Dops (Delegacia de Ordem Política e Social), confessa em "Memórias de uma Guerra Suja" o envolvimento com uma série de ações promovidas durante a ditadura militar (1964-85) com autorização do governo federal, incluindo a morte de ao menos 12 guerrilheiros.

Cláudio Guerra, ex-delegado do Dops,
conta o que viu e o que fez
 Segundo reportagem publicada pela Folha de S.Paulo nesta quinta-feira (3.5.2012), Guerra também afirma ter incinerado os corpos de dez desaparecidos políticos no forno de uma usina de açúcar pertencente à família de um ex-governador do Rio.


 Entre as vítimas, ele cita David Capistrano, João Batista Rita, Joaquim Pires Cerveira, João Massena Mello, José Roman, Luiz Ignácio Maranhão Filho, Ana Rosa Kucinski e Wilson Silva, Joaquim Pires Cerveira, Eduardo Collier Filho e Fernando Augusto Santa Cruz Oliveira.

 Baseado em depoimento a Marcelo Netto e Rogério Medeiros e narrado em primeira pessoa, "Memórias de uma Guerra Suja" levou três anos para ser concluído. Guerra, hoje com 71 anos, diz nunca ter torturado --sua função era matar e eliminar corpos.

 O livro gerou indignação nos familiares dos envolvidos. As denúncias devem ser analisadas pela Comissão da Verdade.


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