Na coletiva de imprensa,
dom Erwin Kräutler defende os povos
indígenas do Brasil e o povo de Altamira/PA.
dom Erwin Kräutler defende os povos
indígenas do Brasil e o povo de Altamira/PA.
Dom Erwin Kräutler, bispo prelado de Xingu - PA, presidente do Cimi |
“Luto contra Belo Monte há 30 anos”, disse o bispo da prelazia do Xingu, dom Erwin Kräutler, na coletiva de imprensa, realizada na tarde desta sexta-feira, 6, em Aparecida (SP). Baseados em estudos de renomados professores e de instituições internacionais, o bispo reafirmou a sua opinião contrária à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que está sendo erguida no rio Xingu, no estado do Pará. O bispo disse que o atual governo brasileiro não está se preocupando com os povos indígenas e que a sua causa não é levada a sério.
Dom Tomás Balduino, na origem do Cimi |
Em sua comunicação à Assembleia Geral, poucas horas depois da coletiva, dom Erwin falou da criminalização das lideranças indí-genas: "Outra questão que muito nos preocupa é a prática da criminalização das lideranças dos povos indígenas. A omissão do governo na demarcação das terras e a ação governamental, na implementação de projetos desenvolvimentistas, fez emergir, como efeito até almejado por todos nós, a organização dos povos e comunidades indígenas para fazer avançar os procedimentos de demarcação, bem como, para evitar a construção dos empreendimentos causadores de impactos danosos sobre as suas terras e suas vidas" (cf. a íntegra do pronunciamento: http://www.cimi.org.br/ ).
Eden Magalhães, secretário do Cimi |
Dom Roque Paloschi, bispo de Roraima |
O bispo ressaltou que não está sozinho nesta luta. “A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) solicitou oficialmente que o Governo brasileiro suspenda imediatamente o processo de licenciamento e construção do Complexo Hidrelétrico de Belo Monte, citando o potencial prejuízo da construção da obra aos direitos das comunidades tradicionais da bacia do rio Xingu. Hoje tenho certeza que Belo Monte dará um prejuízo, não apenas ecológico, humano, social e cultural, como também financeiro”, finalizou dom Erwin Kräutler.
(texto e imagens: http://www.blogdacnbb.com/ )
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