O
Relatório Econômico Social 2013, elaborado pelo Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado hoje (2.7.),
alerta que o número de pessoas que vivem em situação de pobreza pode triplicar
e atingir a marca de 3 bilhões até 2050. A entidade defende que intensifiquem
as medidas fixadas nos Objetivos para o Desenvolvimento do Milênio, que incluem
esforços para a melhoria dos serviços de saúde e ampliação da produção de
alimentos.
A
reportagem é de Renata Giraldi e publicada pela Agência Brasil – EBC,
02-07-2013.
O
estudo diz ainda que há cerca de 1 bilhão de pessoas morando em bairros que não
têm infraestrutura mínima: água potável, saneamento, eletricidade, serviços
básicos de saúde e educação. A estimativa de atingir 3 bilhões, em 2050, deve
acontecer caso não sejam adotadas medidas para a melhoria da qualidade de vida.
O
secretário-geral adjunto do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social,
Shamshad Ajtar, destacou que a chave para a erradicação da pobreza é “o
desenvolvimento sustentável”. Ele acrescentou que “não é aceitável que a fome e
a má nutrição, embora diminuindo nos países em desenvolvimento, permaneça
persistentemente em tantos outros. É necessário promover um enfoque completo
para alcançar as metas de desenvolvimento”, disse.
Os
técnicos responsáveis pelo relatório estimam que a produção de alimentos terá
de aumentar cerca de 70%, em escala mundial, para garantir alimento às pessoas.
A estimativa é que até 2050 a população atinja 9 bilhões de pessoas, das quais
6.2 milhões viverão em cidades.
Em
2005, foram fixados os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio: a erradicação
da extrema pobreza e da fome, reduzindo pela metade, entre 1990 e 2015, a
proporção da população com renda inferior a US$ 1 por dia e a proporção da
população que sofre de fome; atingir o ensino básico universal; promover a
igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; e reduzir a mortalidade
infantil. Além dessas metas, também foram estabelecidas a melhoria da saúde materna;
o combate ao HIV/aids, à malária e outras doenças; a garantia à
sustentabilidade ambiental; e estabelecer uma parceria mundial para o
desenvolvimento.
Fome
x obesidade
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