Estou chegando da Catedral da Sé (SP), onde dom Angélico
Sândalo Bernardino celebrou Missa em memória dos 40 anos do assassinato do estudante
Alexandre Vannucchi pela ditadura. Através da irmã Christina, de Alexandre, nós do Cimi estivemos muito ligados à causa Vannucchi. Obrigado, dom Angêlico, pelo seu "eu vi e testemunho!". (P.S.)
Quem era Alexandre Vannucchi Leme?
Em 1973, Alexandre Vannucchi tinha 22 anos e cursava o quarto ano de Geologia na USP. Alexandre participava do movimento estudantil e militava no grupo clandestino Ação Libertadora Nacional (ALN). Na manhã de 16 de março, foi preso por agentes do II Exército. Sobreviveu por poucas horas nas mãos dos seus torturadores do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). Alexandre Vannucchi foi enterrado como indigente. Os restos mortais foram entregues à família em 1983, dez anos após o seu assassinato.
A morte de Alexandre teve repercussão imediata. O Conselho de Centros Acadêmicos declarou luto na USP. Partiu dos estudantes a ideia de convidar dom Paulo Arns, arcebispo de São Paulo, para realizar uma missa em memória do colega assassinado. A celebração na Sé, marcada para o dia 30 de março, transformou-se na primeira grande manifstação pública de oposição à Ditadura desde as manifestações de 1968. Em 1976, os estudantes da USP criaram o Diretório Central dos Estudantes-Livre Alexandre Vannucchi Leme.
Hoje, 15 de março, às 12h00, no Instituto de Geociência da USP, aconteceu a 68 Caravana da Anistia, com o reconhecimento pelo estado Brasileiro de Alexandre Vannucchi Leme como anistiado político.
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