Após oito anos de trabalho em São Paulo, pelo Conselho Indigenista
Missionário-CIMI, junto aos povos indígenas, sobretudo os que vivem fora de
suas aldeias, a Ir. Beatriz Catarina Maestri (49) voltou a Blumenau (SC) para
assumir a coordenação provincial das Irmãs Catequistas Franciscanas, sua
Congregação, à qual serviu 29 anos. Em Blumenau sofreu um acidente doméstico
fatal. Hoje (24.08) celebramos na Casa de Oração do Povo de Rua a sua Páscoa definitiva.
Homenagem à Irmã Beatriz
Missionária, mística militante,
pastora de um rebanho
de causas perdidas,
sinal de contradição;
maracá do Reino,
sino de esperança,
desde o mundo indígena
badalando indignação.
Irmã dos pobres,
brisa suave de Deus
cata-vento, raiz com asa
testemunha sempre,
romeira sem casa.
Apareceste entre os humanos
em tempo de vacas magras;
lutaste para virar o mundo
ao avesso, para que seja de todos.
Trocaste a carreira pelo Caminho,
a correria pela caminhada,
o grito pela canção.
Lutaste por terra para viver,
sonhaste vinho e pão,
divina energia repartida,
porque todos os seres
têm direito à vida.
Das pedras fizeste
caminhos e pontes,
das perdas e dores
apontaste para
novos horizontes.
Porque a vida só se dá
para quem se deu
para quem amou
para quem lutou,
para quem sofreu.
E amanhã,
se essa terra que defendemos
for nosso leito de ressurreição,
o mundo vai ver brotar uma flor
desse devastado chão.
Amanhã
saberemos
que valeu virar essa terra,
delirar, viver e lutar de paixão!
Irmã Beatriz, essa pessoa extraordinária, pela doação incondicional aos irmãos mais sofridos, inspirou os belíssimos versos, emocionantes, antológicos, tão significativos como as lindas flores, oferecidas em profusão! Ela merece todo esse carinho, admiração e reverência!
ResponderExcluirE agora está na feliz eternidade, intercedendo por todos que amou e foi amada.