SÃO PAULO - Um grupo de mil famílias do Movimento dos
Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocupou na madrugada deste sábado, 3 de maio, um
terreno abandonado, na Rua Malmequer do Campo, na região do Parque do Carmo, em
Itaquera, na zona leste de São Paulo. O local fica a cerca de 4 km da Arena
Corinthians, o Itaquerão e o grupo pretende ficar no local por tempo
indeterminado.
"Vamos ficar indefinidamente. Esta não é uma área de
preservação ambiental, tem dívida com a Prefeitura e estava abondonada. Ela tem
todas as condições para ser uma área de interesse social", disse Guilherme
Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Segundo
Boulos, a invasão está diretamente relacionada com a Copa do Mundo. "As
obras que foram feitas em Itaquera não melhoraram em nada as condições de
habitação da região, só renderam especulação imobilária." São esperadas
mais mil famílias até o final da próxima semana.
A ocupação, formada por moradores de áreas de risco, favelas
ou que afirmam não ter dinheiro para pagar aluguel, segundo a entidade, é em um
terreno que está há 20 anos abandonado. A ocupação começou no final da noite
de ontem, com uma operação que teve início da Nova Palestina, na zona sul, área
também ocupada pelo MTST. Uma caravana formada por 50 carros, 17 ônibus e
motos, saiu do local com destino à zona leste de São Paulo. De acordo com a
Polícia Militar não houve confronto.
No início desta tarde, já havia centenas de cabanas montadas
no terreno. Membros antigos do MTST montam as estruturas, ensinam as regras
para os novos ocupantes e depois retornam para as invasões de origem. Por volta
das 14h, o secretário adjunto da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras,
Miguel Reis Afonso, esteve no local. Ele se reuniu com lideranças do MTST
dentro de uma barraca. " A preocupação agora é para saber como estão as
condições da ocupação", afirmou. Ainda de acordo com ele, a Prefeitura não
sabe quem é o proprietário do terreno. [fonte básica: Estadão]
Todos nós que militamos nos movimentos de defesa dos direitos humanos, solidários com os que lutam por moradia digna, estamos atentos às reivindicações dessas numerosas famílias.á espera de que seus pleitos sejam atendidos, com a máxima urgência necessária.
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