A passeata do Grito dos Excluídos reúne 200 pessoas na
capital paulista. O grupo caminhou da Praça da Sé e chegou, por volta do meio
dia, ao Largo do Café, na região central da cidade, onde devem encerrar o ato.
Esta é a 18ª edição do Grito em São Paulo e tem como tema a questão da
criminalização das manifestações.De acordo com Paulo César Pedrini, coordenador
da Pastoral Operária Metropolitana de São Paulo e integrante da organização, o
lema é ocupar ruas e praças na luta por direitos. “Em São Paulo, a gente
resolveu priorizar três eixos: a criminalização do movimento sindical e social,
o direito de greve e também a questão da água, que há muito tempo não se
investe seriamente.”
O ato tem participação das pastorais sociais da Arquidiocese
de São Paulo, das centrais sindicais, entre outros movimentos sociais. “O
significado aqui é denunciar a exclusão social presente no nosso país. A falta
de saúde, de educação, de moradia”, disse Pedrini.
Representantes de comunidades indígenas paulistanas também
integraram a passeata. Segundo o índio Salvador, da etnia Kaimbê, que tem 1,2
mil integrantes vivendo em uma aldeia da região de Heliópolis, zona sul, os
povos indígenas buscam defender seus direitos.
“Nós viemos aqui para representar a nossa aldeia, mas as
outras etnias também. Estamos reivindicando melhorias para nós. Reivindicamos
saúde, transporte, escola para os nossos filhos. Somos muito discriminados.
Reivindicamos também a demarcação das nossas terras”, declarou.
Editor Lílian Beraldo
O Grito dos Excluidos tem acontecido em inúmeros municípios, chamando a população a participar, cada vez mais, das lutas sociais, favorecendo o protagonismo daqueles cidadãos e cidadãs que ainda não alcançaram o reconhecimento de sua dignidade, em condições de igualdade com os beneficiados pela proteção do Estado, em suas garantias individuais e coletivas.
ResponderExcluirDá gosto ver que vem aumentando, em toda parte, a consciência e participação nessa luta por direitos fundamentais para todos, sem distinção - especialmente aos mais vulneráveis, como nossos irmãos indígenas.