“Os indígenas Guarani-Kaiowá e Guarani Ñandeva do Mato Grosso do Sul vivem em situação precária, com altos índices de violência, faltam assistência e acesso a serviços básicos de saúde e segurança” denuncia um relatório do Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos. O vídeo “Alagados a beira da estrada” resume o conflito entre os direitos dos povos indígenas, o avanço do latifúndio e a morosidade da justiça.














Esperança na missão dos acampados
Viemos ao Mato Grosso do Sul não apenas para conferencias, animação da dimensão missionária com os povos indígenas no Segundo Congresso Missionário Regional Mato Grosso do Sul, mas viemos também para sempre de novo sentir, ver, ouvir e alimentar a esperança com os povos indígenas, em particular nas aldeias e acampamentos Kaiowá Guarani. Por isso estamos visitando várias realidades da região. A primeira parada foi no acampamento Laranjeira Nhanderu. Momento forte de celebração, da luta e esperança acampada, de um povo que irradia esperança, alegria e vida, mesmo espremido ha mais de um ano entre a cerca e o asfalto. Depois fomos ao acampamento Ita’y Ka’aguyrusu, no município de Douradina, donde o mesmo grupo já foi expulso, teve seus barracos queimados, mas para onde novamente retornou. Apesar das tensões diárias, esse povo vive com um sopro de esperança e com a certeza da vitória da terra e da vida. É gratificante e enriquecedor partilhar esses momentos de profunda fé e espiritualidade, disposição de luta e amor à terra, à vida, à liberdade. As crianças se balançando no cipó ou jogando futebol num campo improvisado, são a prova de que o “rio volta sempre a seu leito, apesar dos desvios impostos pelos grandes interesses”, lembra Paulo.
Dourados, inicio da Primavera de 2010
Autor: Egon Dionísio Heck (Coordenador regional do Cimi)

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