Depois de audiência com Lula, PF prende irmã de Babau com filho de dois meses

A Polícia Federal prendeu na tarde do feriado de Corpus Christi, 3 de junho, a índia Glicéria Tupinambá e seu filho de apenas dois meses. Glicéria é liderança de seu povo e membro da Comissão Nacional de Política Indigenista – CNPI. Vinculada ao Ministério da Justiça, a CNPI tem entre seus integrantes representantes de 12 ministérios, 20 lideranças indígenas e dois representantes de entidades indigenistas. No dia anterior a sua prisão, Glicéria participou da reunião da CNPI com o Presidente Lula (ver a foto!), oportunidade em que denunciou as perseguições de que as lideranças Tupinambá têm sido vítimas por parte da Polícia Federal no Sul da Bahia.
No dia seguinte, quando tentava retornar para sua aldeia, Glicéria – tendo ao colo o seu bebê de dois meses – foi detida ao descer do avião, ainda na pista de pouso do aeroporto de Ilhéus (BA). Após ser interrogada durante toda a tarde na sede da Polícia Federal em Ilhéus, Glicéria recebeu voz de prisão da delega Denise ao deixar as dependências do órgão. Segundo informações ainda não confirmadas, a prisão foi decretada pelo juiz Antonio Hygino, da Comarca de Buerarema (BA), sob a alegação de Glicéria ter participado no sequestro de um veículo de uma empresa que presta serviço de energia na região. Mãe e filho foram transferidos para um presídio na cidade de Jequié, distante cerca de 200 km de sua aldeia. A seguir, trechos do relato de uma visita do assessor do Cimi, Saulo Ferreira Feitosa, aos irmãos de Glicéria, Babau e Givaldo, na prisão de segurança máxima no sertão do Rio Grande do Norte.

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